Cocktail de drogas dita tournée cancelada – Notícias
Dopagem, Drogas em geral, Ecstasy, Notícias, Sociedade Junho 2nd, 2009
Nathan Williams não fez por menos: misturou ecstasy, valium e xanax antes de subir ao palco para uma actuação no Primavera Sound, em Barcelona. O resultado foi «desastroso», segundo a pitchforkmedia, e a restante digressão europeia do duo Wavves prontamente cancelada – concertos em Lisboa e Porto incluídos.
«Acho que, no fundo, já sabia que não estava suficientemente bem a nível mental para continuar em digressão. Peço desculpa a toda a gente que se esforçou e me apoiou», disse, citado pela Blitz, a metade do conjunto norte-americano, que tinha datas agendadas em Lisboa, na Galeria Zé dos Bois (29 de Maio) e, ontem, no Passos Manuel, Porto.
E completou: «Misturar ecstasy, valium e xanax antes de ter de tocar para milhares de pessoas foi uma das piores decisões que já tomei (duh), e já há algum tempo que admiti que tenho um problema com a bebida.»
Kit Anti Drogas GRÁTIS! Pede já o teu!
Drogas em geral, Geral, Saúde, Sociedade, Toxicodependência Abril 17th, 2009
Pacote Informativo A Verdade sobre as Drogas
Para aqueles que gostariam de fazer alguma coisa quanto à toxicodependência na sua comunidade, este pacote informativo apresenta um “Manual de Actividades” a detalhar acções precisas que uma pessoa pode fazer para ajudar a criar uma comunidade sem drogas. Incluído está “O Kit de Educação A Verdade sobre as Drogas” com uma série de 10 folhetos educativos sobre as drogas que cobrem os factos sobre a marijuana, cristal devastador, Ecstasy, crack, cocaína, heroína, drogas prescritas e LSD. O kit de educação também apresenta um plano de lições para ser usado pelos educadores. A completar o pacote está um DVD com uma apresentação em vídeo sobre o âmbito do nosso programa de prevenção de drogas internacional. O DVD contém, para além disso, uma série de anúncios de serviço público vencedores de prémios que compelem a juventude a obter os factos que eles precisam para tomarem decisões informadas quanto a manterem-se livres de drogas.
Para pedirem gratuitamente este kit cliquem no seguinte url http://www.drugfreeworld.org/store/freekit.html?&locale=pt_PT
Detido o maior narcotraficante Colômbia
Drogas em geral, Geral, Notícias, Prevenção, Sociedade Abril 16th, 2009
Daniel Rendón Herrera é proprietário de aviões, barcos e submarinos para transportar drogas e armas.
Daniel Rendón Herrera, mais conhecido por “D. Mário”, era até quarta-feira, quando foi detido, o maior narcotraficante da Colômbia, com um exército formado por mais de mil paramilitares que controlam várias zonas do país.
Embora haja pouca informação disponível sobre o detido, quem o conheceu diz que usa roupas de marca, relógios Cartier e Rolex, é proprietário de aviões, barcos e submarinos para transportar drogas e armas.
O governo colombiano oferecia uma recompensa de 2,2 milhões de dólares pela sua detenção.
São-lhe atribuídos mais de trezentos homicídios.
A detenção de “D. Mário” concidiu com uma grande operação pelo controlo das rotas da droga, de Medellin até ao Golfo de Urabá. Na semana passada, registaram-se naquela cidade 31 mortos e, este ano, já se verificaram 325 homicídios.
Fonte: JN
Orquestra detida por tráfico de droga
Cocaína, Drogas em geral, Geral, Notícias, Sociedade Abril 13th, 2009
«Num controlo de um voo originário do Suriname, 22 pessoas foram detidas», disse Robert van Kapel, porta-voz da Polícia de Schipol.
Segundo a mesma fonte, as pessoas foram detidas supostamente por «tráfico de drogas duras», nomeadamente cocaína.
A investigação deve agora esclarecer se todas as pessoas transportavam drogas e qual a quantidade.
Segundo a imprensa holandesa, trata-se da orquestra Naks Kasekp Loco, que deveria iniciar na próxima semana uma digressão pela Holanda.
A detenção foi feita após um controlo apelidado de «100%» pelas autoridades holandesas aos voos provenientes das Antilhas Holandesas e do Suriname.
Estas ex-colónias holandesas são consideradas portas de entrada para a Europa de importantes quantidades de drogas duras produzidas na América Latina.
Discriminalização de drogas em Portugal surpreende nos EUA
Drogas em geral, Geral, Notícias, Prevenção, Saúde, Sociedade, Toxicodependência Abril 11th, 2009
É um dos mais conhecidos constitucionalistas dos EUA, país onde a política da droga é das mais severas. Analisou o que se passa em Portugal. E concluiu que deve servir de exemplo. A Time e a BBC já pediram para vir ver como era.
Glenn Greenwald poderá abusar da adjectivação no relatório “Descriminalização da droga em Portugal: lições para criar políticas justas e bem sucedidas sobre a droga”. Mas tem o mérito de ter chamado a atenção para o que por cá se faz em matéria de luta contra a toxicodependência. No documento apresentado na semana passada no Cato Institute de Washington, fala de “sucesso retumbante”. E fá-lo comparando Portugal com a Europa e com os EUA.
Desde 1 Julho de 2001 (Lei n.º 30/2000, de 29 de Novembro), a aquisição, posse e consumo de qualquer droga estão fora da moldura criminal e passaram a ser violações administrativas. Desde então, o uso de droga em Portugal fixou-se “entre os mais baixos da Europa, sobretudo quando comparado com estados com regimes de criminalização apertados”. Baixou o consumo entre os mais jovens e reduziram-se a mortalidade (de 400 para 290, entre 1999 e 2006) e as doenças associadas à droga.
Proibido? Sim, mas sem prisão
Porquê? Porque, adianta Greenwald, Portugal ofereceu mais oportunidades de tratamento. E cita peritos que atribuem esta mudança de abordagem à descriminalização. Por partes: consumir continua a ser proibido. Mas já não dá prisão. Quando muito, dá uma multa. Na maioria dos casos, uma reprimenda. E o encaminhamento para o tratamento.
Com isto, mitigou-se aquele que era o principal desafio da luta contra a droga: o receio de procurar ajuda e de, por essa via, acabar na cadeia. O estigma do crime diluiu-se, ao contrário do que acontece em Espanha, por exemplo, onde as sanções são raras, mas passa-se por processos penais, diz o constitucionalista. Por outro lado, resgataram-se recursos que eram gastos na criminalização (em processos e detenções, já que 60% deles envolviam consumidores), canalizando-os para o tratamento. Entre 1999 e 2003, cresceu 147% o número de pessoas em programas de substituição.
Greenwald cita estudos de 2006, segundo os quais a prevalência do consumo desceu de 14,1% para 10,6% (face a 2001) nos 13-15 anos, e de 27,6 para 21,6% nos 16-18 anos. A subida nas faixas etárias seguintes, adianta, não se prende com mais consumo, mas porque os jovens consumidores pré-descriminalização estão hoje mais velhos. Ou seja, se os adolescentes consomem menos, a prazo, menos adultos consumirão.
A análise de Gleen Greenwald estende-se ainda sumariamente à atitude dos vários quadrantes políticos portugueses e ao ambiente político pré e pós-descriminalização. Dá conta de um quase consenso actual, à excepção da Direita conservadora. E regressa aos números para desmontar os cenários de pesadelo previstos antes da lei. O consumo de droga não se generalizou, nem Portugal se transformou num paraíso turístico oferecendo “sol, praias e droga”: 95% dos cidadãos atendidos nas comissões de dissuasão de toxicodependência criadas com a lei (para onde os consumidores são encaminhados pela Polícia) são portugueses. Do resto da Europa, serão à volta de 1%.
Greenwald diz que este caso de sucesso deveria ser tema de debate em todo o Mundo e lamenta que, confrontadas com ele, as autoridades americanas se tenham remetido ao silêncio.
Fonte: JN
Drogas e VIH
Doenças, Drogas em geral, Geral, Saúde, Sociedade Março 24th, 2009
Qual a relação entre o uso de drogas e o HIV?
O uso de drogas é o maior factor de disseminação do VIH. A troca de material para a injecção de drogas pode transmitir o HIV e hepatites e as pessoas que usam drogas têm tendência a ter uma actividade sexual não protegida.
O uso de drogas pode também ser perigosa para as pessoas que estejam a tomar medicação antiretroviral. As pessoas que usam drogas têm tendência atomar menos os medicamentos e as drogas podem ter interacções perigosas com os antiretrovirais.
A infecção pelo HIV espalha-se mais facilmente quando as pessoas trocam entre si material usado para a injecção. A troca de seringas e outro material também transmite hepatite B, hepatite C e outras doenças.
O sangue infectado é introduzido na seringa e injectado juntamente com a droga pelo próximo utilizador da seringa. Esta é a via de mais fácil transmissão do HIV porque o HIV entra directamente no sangue.
Mesmo pequenas quantidades de sangue nas caricas, nos filtros, nos garrotes ou na água destilada pode ser suficiente para contaminar um outro utilizador. O sangue presente nas mãos – mesmo em pequenas quantidades – pode ser perigoso quando por exemplo tentar ajudar alguém a encontrar uma veia, a segurar um braço ou a dar material de injecção.
Para reduzir o risco de HIV e infecção por hepatites nunca troque qualquer tipo de material usado para as drogas e mantenha as suas mãos bem lavadas. Cuidadosamente lave as suas caricas e o local onde se injectou.
Um estudo recente mostrou que o HIV pode sobreviver numa seringa usada durante 4 semanas. Se você reutilizar o seu material pode reduzir o risco de infecção se o lavar entre as ocasiões em que o usa. Se possível, só reutilize a sua própria seringa. Ela deve ser desinfectada porque as bactérias crescem dentro dela.
A maneira mais eficaz de desinfectar a sua seringa é lavá-la com água, depois com lixívia e depois lavá-la novamente. Procure retirar todo o sangue que estiver dentro da seringa agitando-a vigorosamente durante 30 segundos. Use água fria porque a água quente tem tendência a que o sangue forme coágulos. Para matar o HIV e os vírus da hepatite C deite lixívia dentro da seringa durante dois minutos. Mas nem sempre a seringa fica limpa de HIVe de vírus da hepatite. Use, sempre que possível, uma nova seringa.
Programas de trocas de seringas
Os programas de troca de seringas permitem que use as suas drogas com segurança. Algumas pessoas pensam que a troca de seringas promove o uso de drogas, o que está provado, não é verdade. As taxas de infecção baixam com os programas de trocas de seringas e há um maior número de pessoas que usam drogas que entram em programas de tratamento. Em Portugal pode encontrar seringas em quase todas as farmácias de bairro.
Uso de drogas e sexo não seguro
Para muitas pessoas drogas e sexo andas juntos. As pessoas que usam drogas muitas vezes vendem sexo para obter drogas. Algumas pessoas pensam que a sua actividade sexual é mais divertida quando usam drogas.
O uso de drogas, incluindo álcool, aumenta a probabilidade de que as pessoas não se protejam durante o acto sexual. As pessoas que vendem sexo por droga podem ter dificuldades em que o façam de modo livre e consciente. Muitas pessoas que fazem sexo por droga esquecem-se de usar protecção ou de cuidar disso.
É muito importante tomar todas as doses dos medicamentos antiretrovirais. As pessoas não aderentes (que esquecem de tomar algumas ou muitas doses) têm valores mais elevados de HIV no seu sangue e desenvolvem resistências aos medicamentos. As pessoas que usam drogas são mais propensos a ter uma aderência fraca o que leva à falência terapêutica.
Algumas drogas interferem com os medicamentos. O fígado metaboliza alguns medicamentos usados para combater o HIV, especialmente is inibidores das proteases e os não nucleosídeos. Também metaboliza outras drogas, incluindo o álcool. Quando drogas e medicamentos estão presentes ao mesmo tempo o seu metabolismo é muito mais lento, o que pode levar a sobredosagem perigosa e imprevisível quer do medicamento quer da droga.
Uma sobredosagem da medicação pode causar efeitos secundários muito graves. Uma sobredosagem de uma droga pode significar a morte. Há casos de morte por mistura de ecstasy com inibidores das proteases.
Alguns antiretrovirais podem alterar a quantidade de metadona no sangue. Pode ser necessário ajustar a dose de metadona nalguns casos. Ver que tipos de medicamentos que esteja a tomar.
O uso de drogas é uma das principais responsáveis causas de novas infecções pelo HIV. A partilha de material de injecção pode transmitir o HIV, hepetites ou outras doenças. O uso de drogas, incluindo álcool, contribui para sexo não protegido.
Para se proteger da infecção, nunca reutilize o material de injecção. Mesmo que reutilize as suas próprias seringas e agulhas desinfecte-as antes de voltar a usar. A desinfecção é só parcialmente eficaz.
Portugal tem um programa de troca de seringas. Estes programas reduzem a taxa de novas infecções pelo HIV.
A droga pode levar ao esquecimento de doses da medicação antiretroviral. Isto aumenta as possibilidades de falência terapêutica e de resistência aos tratamentos.
A mistura de drogas com antiretrovirais é perigosa. As interacções entre medicamentos podem causar graves efeitos secundários ou sobredosagens perigosas.