Drogas Leves – Efeitos do Consumo das Mesmas
Álcool, Cannabis, Cigarro, Geral, Maconha ou Marijuana, Prevenção, Saúde, Sociedade, Tabaco, Toxicodependência Outubro 30th, 2009
Habitualmente chama-se droga a toda a substância, susceptível ou não de aplicações médicas, que se usa (por auto-administração) para fins distintos dos que são legítimos em medicina, e que pode produzir uma modificação – fisiológica ou psíquica – no organismo humano.
As drogas produzem um estado físico ou psíquico que pode ser prazenteiro ou desagradável. No primeiro caso costumam levar progressivamente à necessidade de administrar doses mais elevadas, criando uma situação de “dependência” no consumidor.
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“Noite” na Barra vai ter aviso contra drogas
Drogas em geral, Geral, Prevenção, Sociedade Junho 2nd, 2009
Os frequentadores dos espaços recreativos na Praia da Barra durante a época balnear vão ser objecto de acções de sensibilização para os perigos do consumo de drogas, uma iniciativa da Fundação Prior Sardo.
Ficha Sobre o LSD
Ácidos, Geral, LSD, Prevenção, Sociedade, Toxicomania Maio 26th, 2009
O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com acção alucinogénia ou psicadélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea).
Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injectada ou inalada.
Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. Para além disso, inibe a actividade dos neurónios do rafe (importantes a nível visual e sensorial).
Não são conhecidas utilizações terapêuticas desta substância.
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Detido o maior narcotraficante Colômbia
Drogas em geral, Geral, Notícias, Prevenção, Sociedade Abril 16th, 2009
Daniel Rendón Herrera é proprietário de aviões, barcos e submarinos para transportar drogas e armas.
Daniel Rendón Herrera, mais conhecido por “D. Mário”, era até quarta-feira, quando foi detido, o maior narcotraficante da Colômbia, com um exército formado por mais de mil paramilitares que controlam várias zonas do país.
Embora haja pouca informação disponível sobre o detido, quem o conheceu diz que usa roupas de marca, relógios Cartier e Rolex, é proprietário de aviões, barcos e submarinos para transportar drogas e armas.
O governo colombiano oferecia uma recompensa de 2,2 milhões de dólares pela sua detenção.
São-lhe atribuídos mais de trezentos homicídios.
A detenção de “D. Mário” concidiu com uma grande operação pelo controlo das rotas da droga, de Medellin até ao Golfo de Urabá. Na semana passada, registaram-se naquela cidade 31 mortos e, este ano, já se verificaram 325 homicídios.
Fonte: JN
Discriminalização de drogas em Portugal surpreende nos EUA
Drogas em geral, Geral, Notícias, Prevenção, Saúde, Sociedade, Toxicodependência Abril 11th, 2009
É um dos mais conhecidos constitucionalistas dos EUA, país onde a política da droga é das mais severas. Analisou o que se passa em Portugal. E concluiu que deve servir de exemplo. A Time e a BBC já pediram para vir ver como era.
Glenn Greenwald poderá abusar da adjectivação no relatório “Descriminalização da droga em Portugal: lições para criar políticas justas e bem sucedidas sobre a droga”. Mas tem o mérito de ter chamado a atenção para o que por cá se faz em matéria de luta contra a toxicodependência. No documento apresentado na semana passada no Cato Institute de Washington, fala de “sucesso retumbante”. E fá-lo comparando Portugal com a Europa e com os EUA.
Desde 1 Julho de 2001 (Lei n.º 30/2000, de 29 de Novembro), a aquisição, posse e consumo de qualquer droga estão fora da moldura criminal e passaram a ser violações administrativas. Desde então, o uso de droga em Portugal fixou-se “entre os mais baixos da Europa, sobretudo quando comparado com estados com regimes de criminalização apertados”. Baixou o consumo entre os mais jovens e reduziram-se a mortalidade (de 400 para 290, entre 1999 e 2006) e as doenças associadas à droga.
Proibido? Sim, mas sem prisão
Porquê? Porque, adianta Greenwald, Portugal ofereceu mais oportunidades de tratamento. E cita peritos que atribuem esta mudança de abordagem à descriminalização. Por partes: consumir continua a ser proibido. Mas já não dá prisão. Quando muito, dá uma multa. Na maioria dos casos, uma reprimenda. E o encaminhamento para o tratamento.
Com isto, mitigou-se aquele que era o principal desafio da luta contra a droga: o receio de procurar ajuda e de, por essa via, acabar na cadeia. O estigma do crime diluiu-se, ao contrário do que acontece em Espanha, por exemplo, onde as sanções são raras, mas passa-se por processos penais, diz o constitucionalista. Por outro lado, resgataram-se recursos que eram gastos na criminalização (em processos e detenções, já que 60% deles envolviam consumidores), canalizando-os para o tratamento. Entre 1999 e 2003, cresceu 147% o número de pessoas em programas de substituição.
Greenwald cita estudos de 2006, segundo os quais a prevalência do consumo desceu de 14,1% para 10,6% (face a 2001) nos 13-15 anos, e de 27,6 para 21,6% nos 16-18 anos. A subida nas faixas etárias seguintes, adianta, não se prende com mais consumo, mas porque os jovens consumidores pré-descriminalização estão hoje mais velhos. Ou seja, se os adolescentes consomem menos, a prazo, menos adultos consumirão.
A análise de Gleen Greenwald estende-se ainda sumariamente à atitude dos vários quadrantes políticos portugueses e ao ambiente político pré e pós-descriminalização. Dá conta de um quase consenso actual, à excepção da Direita conservadora. E regressa aos números para desmontar os cenários de pesadelo previstos antes da lei. O consumo de droga não se generalizou, nem Portugal se transformou num paraíso turístico oferecendo “sol, praias e droga”: 95% dos cidadãos atendidos nas comissões de dissuasão de toxicodependência criadas com a lei (para onde os consumidores são encaminhados pela Polícia) são portugueses. Do resto da Europa, serão à volta de 1%.
Greenwald diz que este caso de sucesso deveria ser tema de debate em todo o Mundo e lamenta que, confrontadas com ele, as autoridades americanas se tenham remetido ao silêncio.
Fonte: JN
Atraso do instituto da droga ameaça fechar clínica
Drogas em geral, Geral, Prevenção, Saúde, Sociedade, Toxicodependência Abril 27th, 2008
A única clínica de recuperação e tratamento da toxicodependência (CRTT) existente no distrito de Viseu, inaugurada em Julho do ano passado, em Carregal do Sal, corre o risco de fechar as portas sem praticamente ter funcionado.
O problema não está na falta de condições físicas, técnicas e humanas do investimento privado, superior a 1,5 milhões de euros (sem contar os equipamentos), mas na ausência de um protocolo com o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), que ajude a viabilizar a unidade através da comparticipação da estadia de utentes sem recursos.
“Não há nenhum compromisso assinado entre nós e o IDT. O que houve, desde o início, foram palavras de estímulo e de incentivo no sentido de virmos a ser uma unidade convencionada. O que nos permitiria tratar e recuperar, a custo zero, os cidadãos mais necessitados”, explicou Rui Cerdeira, administrador do CRTT.
O empresário assume que o empreendedorismo privado tem riscos que os promotores devem assumir, mas reconhece que sem o segmento dos utentes convencionados é difícil manter a estrutura.
“O tratamento e a recuperação de pessoas dependentes de drogas, álcool ou tabaco é muito cara. Em média, fica em 2000 euros por mês. É aqui que reside a importância de termos uma convenção com o IDT, que nos permita receber pelo menos os utentes em listas de espera nos Centros de Atendimento de Toxicodependentes (CAT)”, declara Rui Cerdeira.
O empresário recorda que o CRTT começou a ser idealizado há meia dúzia de anos e contou, desde a primeira hora, com o apoio das organizações públicas.
“Fizemos uma candidatura e fomos apoiados na compra de equipamentos pelo Programa Saúde XXI. O IDT licenciou a unidade e sempre nos acalentou a expectativa de virmos a ser uma clínica convencionada”.
À medida que o tempo passa, com atendimentos “residuais” de utentes, Rui Cerdeira reconhece que a clínica pode fechar sem nunca ter funcionado em pleno.
“Escrevi ao IDT e fui informado que o processo aguarda ‘luz verde’ do Ministério da Saúde. Não sei se poderemos esperar mais tempo. Um dos nossos sócios já foi embora, face a esta situação insustentável, e eu poderei fazer o mesmo. Será com tristeza que fecharemos as portas”, avisa.
O presidente da Câmara de Carregal do Sal, Atílio Nunes, está preocupado. “O responsável do IDT, João Goulão, esteve na inauguração e prometeu que iria estabelecer uma convenção com a clínica. Já lhe escrevi a lembrar a promessa”, disse ao JN.
Localizada em Travanca de S. Tomé, no centro de Carregal do Sal, a clínica de recuperação e tratamento de dependentes de drogas tem capacidade para receber 38 pessoas em regime de internamento 13 na unidade de desabituação e 25 da comunidade terapêutica.
O JN contactou o IDT no sentido de saber em que ponto se encontra o processo. Dificuldades no contacto telefónico com o vogal do conselho directivo, Manuel Cardoso, adiaram a informação.
Fonte: JN